Uma nova pesquisa do Instituto Datafolha, publicada nesta segunda-feira (12), indicou que a reprovação aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) cresceu. Segundo o levantamento, 33% dos entrevistados consideram a atuação dos magistrado “ruim ou péssima”. Já 24% afirmam que os 11 ministros têm “boa ou ótima” atuação. Para 36%, é regular. E 7% não souberam responder.
Em pesquisa semelhante, em agosto de 2020, o índice de reprovação era de 29%. E 27% dos entrevistados avaliavam positivamente o trabalho do STF.
Apesar do crescimento, os quatro pontos percentuais de diferença estão no limite da margem de erro. No entanto, é improvável que, na prática, a avaliação tenha se mantido estável.
A pesquisa demonstra que o índice de reprovação é ainda maior entre os eleitores do presidente Jair Bolsonaro, com 49% deles afirmando que os ministros exercem sua função de maneira “ruim ou péssima”.
Os ministros também são mais rejeitados pelos entrevistados homens (37%), com nível superior completo (41%) e que não têm a intenção de se vacinar contra a Covid-19 (46%).
O recorte por região do país aponta que o Sul é o que tem o maior índice de reprovação (37%), enquanto no Nordeste o índice cai para 30%.
Entre os fatores que podem ter contribuído para o aumento da rejeição aos ministros está a decisão de tornar o ex-juiz Sergio Moro suspeito nos processos contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em março deste ano, a Corte anulou as condenações do petista na Lava Jato, tornando-o elegível para se candidatar nas próximas eleições.
Na contramão dos críticos, os ministros gozam de boa reputação entre os entrevistados com escolaridade de nível fundamental (27%), assalariados sem carteira assinada (28%) ou eleitores do PT (31%).
A pesquisa do Datafolha foi realizada presencialmente nos dias 7 e 8 deste mês e ouviu 2.074 pessoas de 146 municípios. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário