Menina de 11 anos estuprada pela 2ª vez no Piauí, e está gravida pela 2ª vez


A juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude, Maria Luiza de Moura Mello, após reunião com as conselheiras tutelares da zona Sudeste de Teresina autorizou que a criança de 11 anos seja encaminhada para um novo abrigo.

A reunião foi realizada na manhã dessa segunda-feira (12). A juíza decidiu então que a menina, que engravidou pela segunda vez, vai sair da casa do pai e será encaminhada para um abrigo especializado no atendimento de vítima de abusos sexuais e gestantes.

Atualizada às 11h40

O Conselho Tutelar da zona Sudeste encaminhou Notícia de Fato ao juizado da Criança e Adolescente informando que a menina de 11 anos que foi estuprada pela segunda vez está grávida novamente, e não tem estrutura psicológica para enfrentar uma segunda gestação.

A menina estava há um mês em um abrigo, quando foi descoberta a gravidez na última sexta-feira (9). Ela foi novamente estuprada, dessa vez o suspeito é um tio. O aborto legal, não foi aprovado pelos responsáveis da criança, pois o pai defende o aborto e a mãe é contra, e devido ao impasse, a decisão será judicializada.

Foi encaminhada hoje a Notícia de Fato para a juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude, Maria Luiza de Moura Mello, e ao Ministério Público.

Foto: Yala Sena/Cidadeverde.com



Juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude, Maria Luiza de Moura Mello, com conselheiros

A conselheira tutelar, Renata Bezerra, que acompanha o caso, informou que a menina saiu do abrigo e retornou para a casa do pai, já que ele se responsabilizou pela filha.

“A menina não tem estrutura psicológica para ter um segundo filho. Ela estava se acostumando a ser mãe do primeiro filho, fazendo todo um tratamento para ser mãe, pois é uma criança que está cuidando de outra criança. A adolescência dela foi roubada e ela voltou para a casa do pai, porque ele estava acompanhando ela, foi na maternidade para fazer o exame e quis ficar com a filha até o Conselho resolver em que abrigo ela retorna”, disse a conselheira Renata.

Foto: Yala Sena/Cidadeverde.com



Conselheira Renata Bezerra

Tanto a Gerência dos Diretos humanos da Semcaspi e o Conselho Tutelar vão solicitar que a juíza encaminhe a criança para um abrigo que tenha estrutura para receber uma menina gestante.

A conselheira informou que a criança está bastante abalada emocionalmente. “Ela está abalada. Ela é arredia, não é muito de conversa, mas você olha nos olhos dela e vê que ela está abalada. Quando a médica falou para a gente que ela estava grávida, ela virou para mim e disse: ‘tia e agora, o que a gente vai fazer?’. Foi uma infância que foi roubada”, relatou a conselheira.



Matéria Original

A menina de 11 anos, moradora da zona rural de Teresina, que foi novamente vítima de estupro e está grávida pela segunda vez deve ser encaminhada para um novo abrigo do município. A informação foi confirmada pela gerente de Direitos Humanos em exercício da Prefeitura de Teresina, Talita Damas.

Após a confirmação da segunda gestação, a menina teve que sair do abrigo municipal onde estava morando há cerca de um mês e retornar para a casa do pai. O motivo, segundo a gerente, é que o local não possui as condições adequadas para receber uma criança gestante.

“O Conselho Tutelar já encaminhou a notícia de fato para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, ao Ministério Público e à Vara da Infância, para que a gente possa encaminhá-la para um abrigo que tenha toda a condição de recebê-la. Não é todo abrigo que possui os aparatos necessários para receber uma criança nessa situação”, destacou Talita Damas, que destacou que a menina de 11 anos está sendo acompanhada de perto pelas equipes da prefeitura de Teresina.

Exame realizado na sexta-feira (9) no Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência, da Maternidade Dona Evangelina Rosa, em Teresina, constatou que a menina está grávida de três meses.

O aborto legal não foi autorizado pelos pais e a criança deve prosseguir com a segunda gestação.

“O que cabe ao Conselho Tutelar é encaminhar para os órgãos competentes para que sejam tomadas as providências legais”, completou a gerente de Direitos Humanos, Talita Damas.

1ª gestação

A menina tinha 10 anos quando engravidou após ser estuprada em um matagal por um primo de 25 anos, em janeiro de 2021.

A menina prosseguiu com a gestação e deu à luz em setembro do mesmo ano. A mãe, uma dona de casa de 29 anos, não autorizou o aborto da filha e afirmou que o médico afirmara que a menina apontara risco de morte no procedimento.

A lei brasileira permite o aborto nos casos de estupro e risco de morte para a gestante, e uma decisão da Justiça estendeu o aval para casos de anencefalia do feto.

A menina também decidiu não realizar o aborto —na época, ela estava com quase dois meses de gestação. O primo que a estuprou foi assassinado pouco tempo depois por motivos que a família diz desconhecer.

Desde que o filho nasceu, a menina abandonou a escola, se nega a ter tratamento psicológico e vive um conflito com os pais.

Há cerca de um mês, passou a viver em um abrigo em Teresina e educadores do local desconfiaram de que ela estaria novamente grávida.
Matéria da Redação
Matéria da Redação

Seja nosso parceiro, nos mandando Vídeos, Fotos, Denuncias do Município de Colônia, ou devulgue sua empresa conosco. Entre em contato com a nossa redação atraves do Wharsapp (89) 98821-8880

Nenhum comentário:

Postar um comentário