Após a prisão do professor Milton Pereira da Silva, de 48 anos, pelo crime de estupro contra um menino autista de 8 anos, agora mais dois boletins de ocorrência foram registrados contra ele no 1º DP de Timon, pelo crime de estupro de dois meninos de 11 e 13 anos. Ele teria dado R$ 50 para as vítimas após o crime. Ele atualmente segue preso.
Milton Pereira foi preso em flagrante no último sábado (6) suspeito de estuprar um menino autista de 8 anos que estava com a mãe em um estabelecimento comercial de familiares, e que ao ir no banheiro teria sido abordado por Milton Pereira. Após o estupro, quando chegou em casa, ele relatou ao pai o que aconteceu, a polícia foi acionada e o exame de corpo e delito comprovou o estupro. Milton foi preso ainda no sábado, e segundo a polícia, ele confessou o crime e alegou que estava bêbado.
O caso ganhou bastante repercussão, e com a divulgação do nome do suspeito, que é muito conhecido na região, a polícia acreditava que poderiam ter mais vítimas. O Cidadeverde.com apurou que agora mais duas mães denunciaram o professor no 1º DP, que agora será a delegacia responsável por investigar todos os casos recentes de denúncias contra Milton Pereira.
Os dois boletins de ocorrência envolvem dois meninos, de 11 e 13 anos, que são amigos, e vizinhos do professor.
Em depoimento as mães informaram que há cerca de duas semanas os jovens relataram algumas situações, afirmando que Milton sempre apalpava os jovens e convidava eles para sua casa. Em uma ocasião os meninos teriam entrado na casa, o portão foi trancando e teria sido cometido o estupro. As vítimas alegam que depois ele deu R$ 50 para que fosse dividido entre eles.
Agora a polícia segue investigando as novas denúncias. O delegado Michel Sampaio será o responsável pelos dois inquéritos, e as novas denúncias que possam surgir.
Caso do menino autista
Ao Cidadeverde.com, a mãe de 24 anos de um menino autista descreveu como “monstro” o autor do estupro. A vítima é um menino com espectro autista de nível 1, que está no 4º ano do Ensino Fundamental, e que também tem microcefalia. Apesar de ter algumas delimitações, ele consegue se comunicar de forma eficiente com a família, o que foi essencial para que o suspeito fosse preso logo após o crime.
Ele estava ao me lado, quando pediu para ir ao banheiro. Como é um local que ele já conhece, ele foi sozinho, e demorou cerca de 3 a 5 minutos. Foi muito rápido. Foi quando ele [o professor] entrou pelos fundos, jogou meu filho contra a parede e desceu a bermuda dele, e cometeu o ato. Quando meu filho retornou para mim, eu percebi que estava estranho, queria ir embora e pedindo outra roupa. Minha irmã deu uma roupa para ele, e ele pedindo para vir para casa. Já em casa, vimos que a roupa dele tinha sangue, e ele acabou relatando tudo que aconteceu para o pai", explicou a mãe.
Além de enfrentar os desafios como uma criança autista, agora a vítima vai precisar lidar com os impactos causados pelo estupro. A família já sente que ele mudou.
“Ele está muito retraído, era muito brincalhão, ele adorava conversar, adorava contar tudo que ocorreu no dia dele, detalhava cada coisinha, mas agora ele está muito triste. Ele não está comendo e nem bebendo água, só quando a gente insiste, pois ele está com medo de fazer xixi e doer, pois ele disse que está doendo muito. Está muito inchado e doendo. Já é uma situação complicada só por ele ser autista, imagina com o trauma que ele está passando”, lamentou a mãe.
A família espera que o professor continue preso. “Eu espero que seja feita Justiça, pois ele está preso, e não queremos que isso fique calado, para ninguém esquecer a cara dele, que isso não fique impune, que ele pague pelo que fez”, finalizou.
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