Caso Edson Davi: mãe contrata investigador particular após desaparecimento da criança


O desaparecimento do menino Edson Davi completa seis meses na próxima quinta-feira (4). A criança estava no posto 4 da praia da Barra da Tijuca com o pai, que vende bebidas em uma barraca, quando sumiu. Ele tinha 6 anos e foi visto pela última vez por volta de 16h30 da tarde do dia 4 de janeiro.

De acordo com o advogado da família, João Tancredo, os pais de Edson Davi não acreditam que o menino se afogou, contrariando o que apontam as investigações da polícia. Em entrevista ao SBT News, a vendedora ambulante Marize Antônia Silva Araújo disse que vai fazer uma manifestação no local onde o filho foi visto pela última vez. Além disso, ela também contratou uma investigação particular para buscar uma solução e terminar com a angústia de não saber onde está o caçula.

O advogado da família informou ainda que entrou com petição para que o relatório feito com base na investigação particular se junte ao inquérito policial. Ainda de acordo com Tancredo, a hipótese de Edson Davi ter sido levado por alguém é “bem forte”. Ao todo, foram ouvidas 17 pessoas pelo investigador Raul Ábacus.

“Todas as pessoas que estavam presentes na praia naquele dia afirmam categoricamente que não viram Davi entrar no mar. Foram 32 dias de buscas dos bombeiros, usando mergulhadores, drone, helicóptero, motos aquáticas, apoio de embarcações e busca marítima superficial 24 horas pelos guardas vidas do posto 4, não tendo sido encontrado nenhum corpo. Todas as pessoas com quem conversamos e que conhecem o menino afirmam categoricamente que Davi tinha medo do mar”, detalha o investigador.

“O que nós esperamos da autoridade policial é que ela não encerre um inquérito sem antes exaurir todas as provas, ouvir as testemunhas, realizar perícia, porque isso de fato pode ser prematuro. Se você escolhe uma linha de investigação abandonando as outras, a chance de cometer erros é muito grande”, pondera o advogado.

"Não me conformo", diz mãe de Edson

Marize Silva Araújo contou que acredita que o filho está vivo e falou de sua indignação com a falta de respostas durantes os últimos seis meses.

"Não me conformo com essa investigação sem solução, não me conformo com o descaso com a vida de uma criança de apenas sete anos de idade. Até hoje as testemunhas que viram meu filho minutos antes dele desaparecer não foram chamadas pra prestarem seus depoimento", desabafa a mulher.
Matéria da Redação
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