“Choca pela brutalidade”, diz chefe do Ibama sobre tortura e morte de onça-parda


O chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama do Piauí, Adelquis Monteiro informou que a instituição multou em R$ 45 mil a mulher e seus familiares que filmaram a tortura e morte de uma onça-parda no município de Alto Longá ( a 76 km de Teresina). O vídeo com a morte do animal viralizou e a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o crime.

O Ibama já identificou as três pessoas que aparecem no vídeo matando a paulada o animal na comunidade Cortada, em Alto Longá. Eula Pereira da Silva, seu pai e a irmã foram multados por caça ilegal, morte do animal, abuso e maus tratos.

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Segundo o chefe de Fiscalização do Ibama, foram registrados sete autos de infrações ambientais, sendo que a mulher que efetuou o disparo, a Eula Silva, a multa foi de R$ 20 mil.

Eula Silva vai responder por ato de caçar o animal e por maus tratos aos cães utilizados na caçada e à própria onça suçuarana.


“Choca pela brutalidade do ato, uso dos cães, a comemoração por ter abatido um animal, era uma espécie de troféu. O vídeo é muito impactante”, disse Adelquis Monteiro.

Ele informou que a região é um habitat natural das onças-pardas, devido a comunidade Cortada, local do crime em Alto Longá, é uma área de mata fechada, preservada. Segundo ele, foi o primeiro caso registrado no Ibama de tortura e morte de onça ameaçada de extinção.

Segundo o Ibama, a arma – uma espingarda calibre 32 – foi apreendida e os quatro cães foram levados para um abrigo em Teresina.

Aos técnicos do Ibama, Eula e os parentes afirmaram que não foi intencional e que dispararam o tiro apenas para afugentar a onça. Eles alegaram que o animal matava as criações como galinhas, bodes, ovelhas, etc.





Matéria original

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informou nesta terça-feira (28) que o vídeo que viralizou onde uma mulher torturou e matou uma onça-parda ocorreu na cidade de Alto Longá, no Piauí. Também foi informado que além dela, a irmã e o pai foram multados.



Segundo o Ibama, o crime ocorreu no dia 16 de dezembro de 2024. A mulher mora no Rio de Janeiro e estava visitando o seu pai na cidade de Alto Longá quando cometeu o crime. A irmã foi quem filmou ela atirando e desferindo pauladas na onça. Os cães que acompanham elas atacam o animal. A mulher ainda aparece no vídeo comemorando a morte da onça-parda.


“Aos fiscais do Ibama, o senhor Manoel da Silva alegou que a arma usada para matar o felino é de um filho dele. A espingarda foi levada pelos agentes do Instituto, assim como os quatro cães. O Instituto levou os cachorros para um abrigo de adoção de animais domésticos. Os três familiares irão responder pelos crimes que incluem a morte do animal, caça irregular, abuso e maus-tratos (inclusive pelos quatro cães)”, informou o instituto.



Os três familiares irão responder pelos crimes que incluem a morte do animal, caça irregular, abuso e maus-tratos (inclusive pelos quatro cães). São eles:Praticar ato de abuso, ferindo uma onça-parda (Puma concolor) em atividade de caça irregular – R$ 3 mil;
Caçar uma onça-parda (Puma concolor), sem autorização do órgão ambiental competente – R$ 5 mil;
Praticar ato de maus-tratos a quatro cachorros utilizados na atividade de caça de onça – R$12 mil.

Todos eles serão ainda denunciados pelo Ministério Público.

Confira a nota completa do Ibama:



O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) informa que já multou todos os envolvidos pela morte e publicação nas redes sociais de uma onça-parda.

O crime ocorreu no dia 16 de dezembro, no município de Alto Longá, no Piauí.

A mulher que aparece nas imagens é Eula Pereira da Silva. A pessoa que filmou as cenas da morte da onça é a irmã de Eula, Heliude Pereira da Silva. O senhor, de 73 anos, que aparece no vídeo desferindo pauladas na onça e nos quatro cães da família que atacam a onça caída no chão após o tiro, é o pai das duas mulheres, Manoel Pereira da Silva.

Os agentes conversaram por telefone com Eula. A mulher mora na cidade do Rio de Janeiro e estava de férias no Piauí quando a onça foi morta.

Aos fiscais do Ibama, o senhor Manoel da Silva alegou que a arma usada para matar o felino de um filho dele. A espingarda foi levada pelos agentes do Instituto, assim como os quatro cães. O Instituto levou os cachorros para um abrigo de adoção de animais domésticos.

Os três familiares irão responder pelos crimes que incluem a morte do animal, caça irregular, abuso e maus-tratos (inclusive pelos quatro cães).
Praticar ato de abuso, ferindo uma onça-parda (Puma concolor) em atividade de caça irregular – R$ 3 mil;
Caçar uma onça-parda (Puma concolor), sem autorização do órgão ambiental competente – R$ 5 mil;
Praticar ato de maus-tratos a quatro cachorros utilizados na atividade de caça de onça – R$12 mil.

Os documentos são públicos (Dados Abertos) e estão no site do Ibama:

O caso será encaminhado ao Ministério Público para denúncia criminal.
Assessoria de Comunicação
Matéria da Redação
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